quarta-feira, 12 de maio de 2010

O PRESENTE















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(Mateus 6:34) – “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu cuidado”.

Vivemos em um mundo internamento dividido: temos nosso corpo físico e nosso corpo psíquico, por alguns denominado espiritual. O corpo físico está ligado às coisas materiais ou da terra. O corpo psíquico está ligado à Alma Universal, que – por sua vez – está em contato permanente com o Cósmico.

Assim, temos uma luta interna e permanente entre esses dois mundos. Por um lado, o corpo físico dizendo “existo e sou o mais importante”. Do outro, o nosso corpo psíquico lembrando-nos que a existência material é passageira e que a Alma é Eterna e imutável, pois faz parte da Alma Divina e Universal ou Deus.

Certamente é um conceito, por alguns, difícil de ser apreendido, porque desde pequenos somos ensinados que Deus é uma entidade à parte, que “mora” em um lugar chamado céu, e que – no dia do julgamento final – irá no averiguar pelo que fomos durante toda uma eternidade decorrida entre a morte e o dia desse julgamento. Esse conceito, por certo é injusto e em desacordo com a idéia de um Deus Justo (Mateus 6:33) –“ Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”).

Voltando às palavras de Mateus 6,34 – acima – se não devemos nos inquietar com o dia de amanhã, porque ele cuidará de si mesmo, bastando a ele o seu cuidado, então não poderíamos inferir que só existe o Presente sempre eterno?

Reflitamos. A partir do momento em que começamos a escrever este artigo até essa linha, decorreu algum tempo. No início era presente e, segundos depois, transformou-se em passado. E, neste exato momento, ao lermos estas palavras, estamos – novamente – no Presente.

Então, por dedução, podemos afirmar que estamos sempre vivendo esse presente, por mais angústias que possamos ter em relação a um “falso” passado ou a um “duvidoso” futuro.

Assim, porque nos preocuparmos com o dia de amanhã?

Evidentemente, isto não significa radicalizar e não semear coisas boas, as quais queremos colher amanhã. Se buscarmos, primeiro, o Reino de Deus e a Sua justiça, todas as coisas nos serão acrescentadas.

(Mateus 6,28-34) – “E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam. E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? (Porque todas estas coisas os gentios procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas. Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu cuidado”.


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